segunda-feira, 11 de julho de 2011

Não é assim!

O Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) criou, há 4 anos, um projeto de lei que obrigaria parlamentares a matriculares seus filhos em escolas públicas. A ideia, lógicamente, visa a melhora no ensino público do país, que como todos sabe é precário. O projeto é antigo, mas tomou força, principalmente em redes sociais. Mais de 54 mil pessoas assinaram uma petição online para que o projeto seja aprovado.

A lógica da lei é fácil de se entender: uma vez que os filhos dos parlamentarem estudam nas escolas públicas, as mesmas, com certeza, seriam muito melhoradas. É uma ótima forma de melhorar o ensino do país, porém, essa é, realmente, a única forma de mudança? Os políticos, independentemente de seus filhos estudarem, ou não em escolas públicas, devem investir em uma educação pública de qualidade. É direito de todos.

Sou totalmente contra essa lei. Não estou querendo dizer que não quero mudanças na escola pública, é claro que eu quero, oras, eu estudo em uma escola pública! Mas gostaria que essas mudanças acontecessem sem os filhos dos políticos serem obrigados a estudarem em escola pública.

Não é assim que devemos pensar, galera. Essa lei só deixará claro que nossos excelentíssimos parlamentares só pensam nos seus interesses. Se aprovada (o que não deve acontecer), trará, com certeza, mudanças para o ensino público, afinal, que político vai querer seu filho estudando em uma escola ruim? Nenhum. Seriam muitos os investimentos, mas essas mudanças não deveriam acontecer dessa forma. Vamos pensar mais, minha gente!

Por Fernando Herminio

2 comentários:

  1. Contudo, se for para melhoria das escolas, feitas por interesses dos parlamentares ou não, com os seus filhos lá dentro ou não, eu concordo com a lei citada, na minha opinião. O Brasil só tem máscara de democracia mas se move pelo jogo. Vamos pensar geral, se esse motivo (que está lógico) é o único modo eficiente e rápido para beneficios de todos que dependem de ensinos públicos, a lei tem que mais é ser a provada.

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  2. Uma coisa eu sei: se o filho do Cabral estudasse na rede estadual, nosso salário seria bom, não haveria 50 alunos numa sala, o Ideb não seria 2,8...

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